Fresh vs Discopédia no Mundo Pensante

Não há mais tempo para saudade! Nossa proposta é fazer de encontros ocasionais, bailes memoráveis. E é por isso que nesta edição, a combinação une historicamente a linha do tempo da conexão Kingston x NYC. Nas noites de São Paulo, a Fresh Dancehall se tornou sinônimo de qualidade, diversão e originalidade. A festa nasceu em 2010, propagando as vertentes da música jamaicana que explodiram com a revolução digital da metade dos anos 80, e influenciaram a música periférica de todo o mundo: Digital, Ragga, Dancehall. A festa é capitaneada por três dos principais seletores de Reggae do Brasil: Fepa, Magrão e Stranjah, que sempre que podem vão à Jamaica buscar para seu público, conhecimento sonoro direto da fonte. Além de apresentarem uma seleção pontuada de hits a obscuridades, dão especial atenção às mixagens no estilo juggling, ou seja, uma música liga-se à anterior no mesmo ritmo, sem pausas. Os sets, dançantes e pensados para a pista, dão a tônica da noite. E como ordena o figurino, a seleção é feita utilizando-se apenas os bons e velhos discos de vinil. E, em ocasiões especiais, há espaço para dubplates exclusivos made in Jamaica, onde, os artistas vivos regravam seus sucessos como versões exclusivas para a equipe. A Discopédia nasceu a partir da necessidade em que os DJs: Dandan, Marco e Nyack sentiam e se encontrar e mostrar o que eles vinham ouvindo, comprando e pesquisando em turnês e shows dentro e fora do Brasil junto aos seus respectivos artistas ou em buscas individuais. O objetivo desse encontro além de incentivar o uso e a valorização dos discos de vinil e resgatar a essência de um dos elementos da cultura Hip-Hop: o DJ - era de poder compartilhar com diferentes pessoas, variados gostos e estilos, pois apesar da festa ter uma característica voltada ao Hip Hop, ela não segue apenas a um segmento musical. Assim como um livro, um vinil pode contar histórias, por isso o nome Discopédia, uma alusão às nossas coleções do saber musical humano.