sáb., 01 de jun.
|São Paulo
Banda Eddie
Entrada: R$25 _ lote promocional R$30 _ lote 1 R$35 _ lote 2 e porta até 22h R$40 _ porta após 22h R$15 _ porta após 1h30 (pós-show) * A venda de ingressos antecipados encerra 1h antes do início do evento << ATENÇÃO >> Aniversariantes do mês entram VIP até às 23h.
Horário e local
01 de jun. de 2024, 21:00 – 02 de jun. de 2024, 05:00
São Paulo, R. Treze de Maio, 830 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01327-000, Brasil
Sobre o evento
“Carnaval Chanson” é obra-prima da Eddie para tocar o ano inteiro Xico Sá No front desde 1989, ano emblemático da primeira eleição para presidente depois da Ditadura, a Eddie chega ao seu décimo álbum com uma obra-prima dedicada à canção momesca: “Carnaval Chanson”. É trilha sonora para a festa de rua e de salão, no pique do frevo – ritmo revigorado pela própria banda nos últimos anos – ou na marchinha em andamento romântico que leva Serge Gainsbourg para as ladeiras e quintais de Olinda. Você sabe lá o que isso? “Carnaval Chanson” é a Eddie de Fábio Trummer (mais Alexandre Urêa, Andret Oliveira, Rob Meira e Kiko Meira) com a benção musical das vozes de Karina Buhr e Isaar em todas as faixas. Sinta o feitiço que a dupla assegura. Seja na alegria mais acelerada, seja na ponta de melancolia que algumas cançoes demandam – afinal de contas, toda festa, em qualquer estação do calendário, contém um pouco das cinzas da quarta-feira ingrata.Os hinos formam um capítulo especial neste disco-romance. Sim, em plena era das músicas avulsas, a Eddie romanceia uma história inteira como uma criatura que sai do período carnavalesco cheio de boas memórias – além da ressaca dengosa, óbvio. Os hinos do Batutas de São José, do Ceroula, do Cariri, do Segura a Coisa e do Segurucu consagram a alma encantadora das ruas, com seus versos de greia (humor sacana de Pernambuco) ou de barroca solenidade festeira. O mitológico Homem da Meia Noite abençoa a todos e todas lá de cima. “Pra tirar coco”, versão subversiva e arruaceira do velho sucesso de Messias Holanda, é candidata a hit de todas as farras, carnavalescas ou não, de agora por diante. Tente ficar parado sob o efeito da viciante composição do forrozeiro do Cariri cearense! Impossível. Essa missão coqueiral me leva, por caminhos tortos da poesia, à lindeza da obviedade ululante daquele mesmo coqueiro que dá coco na “Aquarela do Brasil”. Guardadas as devidas vênias estéticas, Ary Barroso segue pela trilha do ufanismo e do samba-exaltação; Messias apruma na linha cética, tipo São Tomé, precisa abrir o coco só para tirar onda do seu formato e conteúdo. É muita fartura e riqueza para um álbum só. Peço mais uma atençãozinha para um ponto que não é apenas um detalhe, é muito significativo: o arranjo de sopro que o músico e inventor de sonoridades Caçapa (parceiro da “Fuloresta do Samba”, clássico de Siba) traz para o extraordinário “Carnaval Chanson”. Você sabe lá o que isso?!, perguntaria um sábio e orgulhoso maestro do frevo batuta e universal de Pernambuco.